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Entre os cacos da história: Carijós quem foram? Guaranis quem são?- parte 2

  • Foto do escritor: Seguindo Clio
    Seguindo Clio
  • 24 de jul. de 2020
  • 10 min de leitura

Atualizado: 7 de out. de 2020

Alessandra de Oliveira Tristão;

Jéssica Mendes Duarte.


Sombrio uma cidade do Sul de Santa Catarina (imagem 1), no ano de 2016 reinaugura o Circuito Cultural e Religioso, conhecido popularmente como Calçadão (imagem 2), composto por objetos e imagens selecionadas para constituir a história de formação urbana, considerando um marco importante para essa narrativa, a presença dos Carijós.

Imagem 1: localização














Fonte: Google Maps


Imagem 2: Circuito Religioso de Sombrio














*Lado esquerdo seção dos mosaicos; ao fundo Paróquia Santo Antônio de Pádua. Fonte:https://www.sombrio.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/16603/codNoticia/367393


No circuito anterior estudamos um pouco sobre os açorianos e como foram importantes na formação da cidade de Sombrio, porém eles são uma parte dos sujeitos, e no presente circuito vamos conhecer um pouco da participação dos Carijós.

Porque quando falamos de História estamos falando de fragmentos do passado, pois assim como em um mosaico, ela não é feita apenas com um caco, mas o(a) historiador(a) junta vários resquícios e fragmentos sobreviventes do tempo, para assim abranger mais de um ponto de vista.

Mosaico 1: Primeiros habitantes índios

Fonte: Alessandra de Oliveira Tristão, 26/06/2020.



“Primeiros habitantes índios: Junto às margens da lagoa avistam as grandes furnas... misteriosas, atraentes e ao mesmo tempo encantadoras. A região era uma das mais habitadas pelos índios Carijós. Relativamente mansos, mantinham desde os primeiros dias do descobrimento, relações comerciais com os navegantes e os paulistas, sendo de fácil evangelização”. (PROJETO CALÇADÃO. Responsável Jone Cezar de Araújo; Acervo Pessoal Paola Vieira da Silveira)

Lembrando que, esse é o tema da nossa segunda etapa do circuito, você pode acessar a Etapa 1 aqui: https://seguindoclio.wixsite.com/website/post/entre-os-cacos-da-hist%C3%B3ria-parte-1

Carijós quem foram?

Os carijós foram uma população que viveu nas terras baixas, desde o litoral até a bacia do Paraná-Paraguai; e por terem pertencido à família linguística Tupi-Guarani, falando só uma língua, o guarani, ficaram conhecidos como Guaranis [1], em Santa Catarina a presença deste é registrada desde 900 anos AP (Antes do Presente) segundo (SCHMITZ ; FERRASSO, 2011 apud BRIGHENTI, sem data, p. 6)

Tinham sua própria forma de vida, não eram nômades[2], fixando e utilizando os materiais que a natureza fornecia para construir suas casas, por exemplo com palmeiras (SCHMITZ; ROGGE, 2017, p. 258) eram agricultores que sabiam explorar eficazmente terras de selva, cujas árvores derrubavam e queimavam, plantando milho, mandioca, legumes (BRIGHENTI, sem data, p. 6).

Como nossa região é fria boa parte do ano, andavam vestidos com pelejos[3] de couro de veado ou de ratos da água (SCHMITZ; ROGGE, 2017, p. 259), usando também colares e adornos plumárias (SCHMITZ; ROGGE, 2017, 262). Possuíam uma própria maneira de ver e entender o mundo por meio de suas compreensões espirituais e sociais. Uma forma diferente que não foi compreendida pelos colonizadores.

Foram a primeira população indígena a terem contado com os europeus, por viverem justamente no litoral, onde os navios aportaram. A estratégia de contato adotada pelos Carijós com o não indígena, não foi de confronto. Acolheram, apoiaram com alimentos, indicaram caminhos e nominaram os lugares. (BRIGHENTI, sem data, p. 8-9). Conhecendo a região, os Carijós, auxiliaram Açorianos no desbravamento do território mostrando formações geográficas, hidráulicas e geológicas, que eram usadas por exemplo como pontos de localização.

Na região de Sombrio podemos supor alguns lugares deste tipo como as Furnas (mosaico 2) uma formação rochosa conhecida no município e que foi representada em um dos mosaicos; ou também o Rio Caverá e lagoa de Sombrio (mosaico 3 e 4) espaços que depois passaram a ser exploradas também pelos colonizadores.


Mosaico 2: Furnas

Fonte: Alessandra de Oliveira Tristão, 26/06/2020.


FURNAS: As encantadoras furnas de Sombrio foram um conjunto maravilhoso de quatros grutas. A furna principal, tem dezessete metros de entrada e a sua área total é de 1.118 metros quadrados. Tendo seus arredores cuidadosamente esmerado por uma natureza de rara beleza, aliando-se ao verde topázio de sua vegetação com a lagoa que fica logo em frente. Sua formação rochosa é composta pelo arenito botucatu, uma prova evidente do afloramento do aquífero guarani, a maior reserva de água subterrâneo do planeta. Pode-se afirmar, com toda certeza, que a mãe natureza não poupou esforços ao passar por essas terras. (PROJETO CALÇADÃO. Responsável Jone Cezar de Araújo; Acervo Pessoal Paola Vieira da Silveira)

Mosaico 3: Boto Tansso

Fonte: Alessandra de Oliveira Tristão, 26/06/2020.


(Boto Tansso era considerado pelos pescadores de Araranguá como um hábil e experiente pastor do mar. Um certo dia o velho pastor subiu pelo rio de Araranguá e desembocou no rio São Bento, de onde não conseguia sair. A notícia chegou até seus amigos pescadores que reuniram-se, fretaram um caminhão e saíram em busca de seu velho amigo. Ao chegarem, após uma longa viagem, encontraram seu pastor ilhado num poço fundo do rio São Bento, assustado e ferido por armas de fogo, provavelmente disparado por alguém que desconhecia a utilidade do grande peixe. Depois de muito esforço, tansso foi colhido pelas redes e levado até a cidade de Araranguá, onde foi colocado na água e como se agradecesse, bateu mais animado as nadadeiras poderosas e seguiu rumo ao mar.

Mas, a felicidade dos ´pescadores durou pouco, Tansso foi encontrado morto próximo ao seu habitat, perto da ponta da barra do rio Araranguá.” (PROJETO CALÇADÃO. Responsável Jone Cezar de Araújo; Acervo Pessoal Paola Vieira da Silveira)

Mosaico 4: A chegada de João Guimarães

Fonte: Alessandra de Oliveira Tristão, 26/06/2020.


“A chegada de João Guimarães: Natural de Guimarães- Portugal, imigrou para o sul do Brasil no início do século XVII. Após sofridas tentativas de instalar-se em várias regiões, resolveu explorar o sertão de sombrio. Chegando às furnas em 1830 com sua família.” (PROJETO CALÇADÃO. Responsável Jone Cezar de Araújo; Acervo Pessoal Paola Vieira da Silveira)

Além de auxiliarem os colonos no desbravamento do território com seus conhecimentos, também possuíam técnicas de agricultura e de cerâmica que foram adotadas e adaptadas pelos portugueses. No mosaico (mosaico 5) podemos perceber cerâmicas, objetos que os Carijós eram hábeis em fazer, fabricavam estes artefatos para preparar e servir os alimentos. (BRIGHENTI, sem data, p. 8)

Mosaico 5: Cestaria e Olaria

Fonte: Alessandra de Oliveira Tristão, 26/06/2020.


“Cestaria e Olaria: A população, em qualquer época e lugar, sempre procurou dar resposta técnica às necessidades de desafios que surgiam. Uma dessas resposta foi o artesanato, produtos feitos manualmente e em pequena escala, para uso doméstico ou profissional. Ao longo dos séculos XVIII a XX, os habitantes de Santa Catarina, descendentes de açorianos, criaram na região litorânea os mecanismos de sobrevivência, combinado os seus conhecimentos técnicos-culturais com os dos antigos habitantes da região, índios e vicentistas, acrescidos posteriormente, dos valores das culturas negras e dos imigrantes europeus contemporâneos.” (PROJETO CALÇADÃO. Responsável Jone Cezar de Araújo; Acervo Pessoal Paola Vieira da Silveira)

Observando os índios, os colonos, perceberam que o principal alimento era um tipo de “farinha de pau” que eram feitas de raízes (conhecida hoje como mandioca, popular até a atualidade) que passaram a ser manuseadas nos engenhos (mosaico 6). (ANCHIETA, 1988: 136-137 apud ROGGER, 2017, p. 261).

Mosaico 6: Engenho

Fonte: Alessandra de Oliveira Tristão, 26/06/2020.


“Engenho: Os engenhos de farinha começaram a aparecer com a colonização açoriana entra 1748 a 1756. Estatísticas indicam que em 1794 existiam cerca de 382 deles em Santa Catarina. O engenho é, assim, um “equipamento industrial”, numa combinação de engrenagens, confeccionadas de maneira que operam com eixos de 90 graus entre eles, articulando a roda “sevadeira” com a “entrosga ou bolandeira ou roda grande”, e outros dois paralelos, com aplicação de 15 vezes para aumentar a velocidade de giro, entre a roda “bolandeira” e o “rodete” que movimenta a “hélice de abanar” o forno, Hoje esses engenho já estão funcionando à energia elétrica, na produção de farinha e polvilho.” .” (PROJETO CALÇADÃO. Responsável Jone Cezar de Araújo; Acervo Pessoal Paola Vieira da Silveira)

Podemos citar três populações indígenas no Sul de Santa Catarina os Carijós que viviam no litoral regiões da planície, os Kaingáng e Xokleng que viviam nas regiões do planalto. Todas com culturas próprias e distintas, e quando chamamos todos de “índios”, dizemos que são todos iguais ignorando suas características próprias.

Zanelatto e Ozório falam sobre três etapas da ocupação do território no sul do Brasil, a primeira se caracteriza pela chegada dos portugueses e espanhóis no litoral tendo contado primeiramente com os Carijós. A segunda é caracterizada pela ocupação do planalto, e onde tiveram contado com os Kaingáng, população indígena que vivia nas regiões altas. E terceira os colonizadores, agora não somente português, mas de outras etnias europeias como italiano e alemães, tem contato com as etnias Kaingáng e Xokleng ambas que viviam nas regiões do planalto.

Ao analisarmos a legenda do mosaico 1 podemos perceber como foram vistos os índios da região por parte dos europeus, aparece por exemplo o adjetivo “manso” que geralmente é utilizado para caracterizar animais e não humanos, além de mencionar que eles eram de “fáceis evangelização”, uma ideia que mostra a desvalorização pelo o que os Carijós pensavam e acreditavam. Eles eram certamente mais abertos a conversar e manter uma relação com os não indígenas o que vai ser aproveitado de forma tendenciosa pelos colonizadores.

Principalmente nos séculos XVI e XVII haviam duas formas de incorporação do Império Português sobre os Carijós, uma feita pelos jesuítas com o intuito de catequizar este povo; e segunda forma eram levados para servirem de mão de obra escrava, tanto uma como outra foram danosas para os Carijós. Com isso esta população aparentemente desapareceu do litoral. (SCHMITZ; ROGGE, 2017, p. 253) E o que teria acontecido com eles?

Quando os Carijós “Perceberam que os não indígenas não eram confiáveis, optaram pelo distanciamento, se faziam invisíveis, preferiam as matas e as migrações” (BRIGHENTI, sem data, p. 9), e por terem de fugir não conseguiam ficar cuidando de suas plantações, ou mesmo perderam elas por completas, aceitando por exemplo ofertas como a do Chico do Mato. Como conta um relato da legenda do mosaico 7, abaixo:


Mosaico 7: Chico do Mato

Fonte: Alessandra de Oliveira Tristão, 26/06/2020.


“Chico do Mato foi um imigrante que conseguiu estabelecer uma relação de amizade com os índios Carijós primeiros habitantes da região, pois o mesmo os presenteava com produtos da roça, conquistando assim sua total confiança e amizade. Enquanto que os demais habitantes, os índios viviam em constante desentendimento, a ponto de cometerem verdadeiras chacinas de ambos os lados.” (PROJETO CALÇADÃO. Responsável Jone Cezar de Araújo; Acervo Pessoal Paola Vieira da Silveira)

Portando eles não deixaram de existir, mas uma parte foram capturados e escravizados, outros foram capturados e levados para serem catequizados e os que ficaram vão fugir e se refugiar para as regiões de planalto, e é neste período que o litoral vai se tornar um espaço disponível para a criação de novos municípios como Sombrio, que a princípio fazia parte de Araranguá.

Porém mesmo fugindo, os índios, ainda não vão estar seguros, porque como vimos no início, a colonização se expande também para as regiões do interior, onde a ação vai ser tão violenta quanto foi no litoral. Vão ser contratados os chamados bugreiros, que tinham a tarefa de adentrar as matas, com o intuito de matar os índios que ali viviam. Retirando assim todo o contexto romântico que possa ser vinculado a colonização, onde os povos tradicionais tiveram de fugir, foram mortos, escravizados, existindo inúmeros relatados de violência sexual, principalmente por parte dos bugreiros, homens que torturavam, abusavam e exterminavam indígenas.


Guaranis quem são?

Para fechar a discussão, temos uma última pauta, como estão os guaranis atualmente? Os Guaranis são o mesmo povo Carijó, a única coisa que aconteceu é que o termo carijó caiu em desuso, e seus descendentes passaram a ser chamados de Guaranis. Hoje afastados em pequenas reservas, que a cada dia é diminuída ou invadida pelo agronegócio. No Brasil existe apenas 57 mil habitantes, olhando por esse aspecto parece muito, mas vale lembrar que no Sul havia mais de 250.000 mil. Hoje além da conquista por sua terra de direito, eles lutam por sobrevivência, desde a ter o que comer, já que rios estão altamente poluídos, e sua terra tem que ser disputada com o agronegócio. Por muitas vezes sua cultura é apagada, como se não fosse permitido que indígenas mantivessem sua cultura no século XXI.

Ainda hoje certamente os Guaranis tem muito a ensinar, como, com a relação que possuem com a natureza, muito mais saudável do que vem se tendo. Poderiam e podem contribuir muito mais se assim fosse permitido.

Entretanto, sabendo que seja no Brasil colônia ou atualmente, o contato entre ambas as partes aconteceu, e por esse motivo ocorreu uma forma de aculturação. Segundo a antropologia, aculturação é junção de duas ou mais culturas. Neste sentido existem quatro estratégias utilizadas para explicar a aculturação de migrantes.

1. Assimilação: Um grupo geralmente menor se apropria de elementos culturais de outro grupo, que na grande maioria é maioritário, como uma forma de adaptação e ser aceitos por esse grupo.

2. Integração: seria uma forma de manter a identidade cultural de um grupo-étnico de origem, utilizando a participação ativa de outros membros da sociedade.

3. Separação: Quando o grupo-étnico de origem se fecha para outras culturas, com o intuito de preservar a sua.

4. Marginalização: Quando o grupo menor perde sua identidade em decorrência da invasão do grupo maior, e tenta se inserir na sociedade, mas é amplamente excluído.


A aculturação pode ser indireta ou direta entre esse grupo, geradas por migrações, ou pela globalização, como forçada ou adaptada.


Dialogando com Clio: mãos à obra!


a) Você consegue distinguir os ternos carijós e guaranis? E mencionar quais foram as contribuições que este povo deixou para a nossa sociedade atual?

b) Qual a sua visão sobre os processos de colonização após a leitura dos textos?

c) Consegue relacionar os mosaicos acima com o texto apresentado? E imaginar que os dois fazem ligação direta e indireta com a criação de Sombrio?

d) Quais dos mosaicos você consegue ver características indígenas? por quê? As representações são fiéis com as vestimentas que os Carijós usavam?

e) Você sabia que existe mais de uma população indígena no estado de Santa Catarina? Por que é interessante distingui-los e não chamar todos apenas de índios?

f) Com base nas informações do que é aculturação, nos mosaicos e na leitura; quais ou qual a forma de aculturação que aconteceu entre os Carijós e os colonizadores europeus?

[1] Os indígenas guaranis e os carijós encontrados em Palhoça e em outros pontos do litoral no século 16 são uma mesma tribo. Ela sustenta que o antigo povo não se extinguiu; apenas o termo “carijó”, criado artificialmente pelos conquistadores europeus quando chegaram ao Brasil e à América do Sul, é que caiu em desuso com o passar do tempo. “Como se pode falar em extinção de um povo apenas porque membros deste, premidos pelas circunstâncias, mudaram de lugar e foram viver em aldeias interioranas? O nome ‘cario’ ou ‘carijó’, tão somente o vocábulo, é que foi se extinguindo na costa catarinense conforme tais índios iam desaparecendo deste cenário geográfico. Não se pode, e nem se deve confundir”, alerta a autora, em trecho do livro. (SMANIOTO,2014) [2] que ou o que não tem habitação fixa, que vive permanentemente mudando de lugar, ger. em busca de novas pastagens para o gado, quando se esgota aquela em que estava (diz-se de indivíduo, povo, tribo etc.) [Os nômades não se dedicam à agricultura e freq. não respeitam fronteiras nacionais na sua busca por melhores pastagens.]. [3] Pelejo é um tecido que serve para pôr no cavalo antes da cela, para preparar o animal para montá-lo.

REFERÊNCIAS


BRIGHENTI, Clovis Antonio. Povo s indígenas em Santa Catarina. S/d.

RAMOS, Natalia. Migração, aculturação, stresse e saúde: perspectivas de investigação e de intervenção. Cemri, Coimbra, p. 300-350, 2006. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.2/6833. Acesso em: 20 jul. 2020.

SCHMITZ, Pedro Ignácio; ROGGE, Jairo Henrique os carijós do litoral meridional do brasil um espelho para os arqueólogos olharem os sítios arqueológicos. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2017.

SMANIOTO, Luciano. Carijós e Guaranis: Nomes diferentes, um mesmo povo. Publicado em dezembro de 2014. Disponível em: <http://revitalizandoculturas.blogspot.com/2014/12/carijos-e-guaranis-nomes-diferentes-um.html> Acesso em: 12 jul. 2020

ZANELATTO, João Henrique; JUNG, Gilvani Mazzucco; OZÓRIO, Rafael Miranda. ÍNDIOS E BRANCOS NO PROCESSO COLONIZADOR DO SUL CATARINENSE NA OBRA DzHISTÓRIAS DO GRANDE ARARANGUÁdz, DE JOÃO LEONIR DALL’ALBA. Revista de História Comparada , [s. l.], 22 nov. 2014. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5156163. Acesso em: 4 jul. 2020.

 
 
 

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