Parreira, parreiral, da uva ao vinho colonial
- Seguindo Clio
- 21 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de ago. de 2020
Victor Angelo Marcon
Conhecer o espaço de memória por vezes esquecido ou negligenciado pelo interior de Urussanga – Santa Catarina, também as práticas ditas pelo senso comum como “rudimentares”, “antiquadas” ou vista como recurso de ignorantes ou feitiçaria (principalmente na prática da benzedura). Neste mega roteiro, buscamos conhecer mais do que os espaços periféricos ou esquecidos das regiões rurais desta cidade podem revelar sobre a mesma, e sobre a sua história.
Nestas semanas conheceremos uma parte do “patrimônio imaterial esquecido” da cidade de Urussanga, conheceremos as antigas práticas de confecção do vinho colonial de forma artesanal, ainda conservadas por algumas famílias, passadas de geração em geração assim como a benzedura que também conheceremos e a confecção de “balaios” e “derlins”, usados pelos antigos colonos para armazenar espigas e folhas quando na época da colheita das frutas, hortaliças etc...
Além disso veremos também as festividades, conheceremos as antigas práticas do Terno de Reis e suas reconfigurações, como à exemplo do Grupo Nossa Senhora da Conceição de Caeté do Armazém que vem tentando remontar, pelas suas memórias e pesquisas às práticas do antigo Terno de Reis, uma manifestação cultural interessante.

Fonte: Google Maps
Dialogando com Clio: mãos à obra!
Levar jovens e adultos à repensar a imagem da cidade e a tomar conhecimento de que há muito mais do que uvas e antigas histórias do vinho e das uvas como se conta no mito original, levaremos os jovens e adultos à pensarem nas práticas outras conservadas (leia-se conservadas, mas modificadas) por muitos dos ditos e marginalizados “colonos” nesta cidade.
Também poderíamos estimular a reflexão de muitos fazendo-os repensar na figura do “colono” como alguém inferior, ignorante e rude, entrando em contato com os saberes diversos mantidos por estas pessoas e famílias.
Para as crianças...
Indagar as crianças e pré-adolescentes sobre o conhecimento prévio acerca do preparo de vinho artesanal e seus derivados, pedindo também à eles, se seus pais consomem algo do tipo, se gostam, ou se já viram este tipo de "vinho colonial" (leia-se rural), se eles já sabiam como era preparado, podendo incitá-los a entrevistar seus pais, para que contem também à eles o que descobriram sobre esta antiga bebida que é preparada pelos "colonos" da cidade.
Referências:
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234
DUARTE. TiarajuSalini. Et. Al. Turismo no espaço rural, práticas locais e imigração italiana: O
caminho Colonial do Vinho, pelotas/RS. Revista Rosa dos Ventos. Caxias do Sul, v.3, n.2 , p.
207- 215 , jul. 2011.
GEHRKE. Cristiano; CERQUEIRA, Fábio Vergara. A confecção de pipas de madeira e a produção artesanal do vinho na Colônia Maciel -Pelotas/RS. Revista Memória em rede. Pelotas, v.2, n.3, ago./nov. 2010.
Elaboração e ideia da criação
Edinara Rossetti Becker
Victor Ângelo Marcon
Gravação e entrevista
Gracinês Marcon
Comments