Diálogos na cidade, Criciúma e o seu rio – parte 3
- Seguindo Clio
- 2 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Jorge De Sousa Guerra
De acordo com o Plano Estadual de recursos hídricos, que realiza o monitoramento da qualidade das águas dos rios em Santa Catarina, o sul catarinense é a região mais crítica do Estado. Por tal motivo, o governo passou a monitorar a água dos rios Urussanga e Araranguá, e esta medida foi publicada no site sulinfoco em 31 de janeiro de 2019 (HTTP://sulinfoco.com.br)
Por estarmos abordando em nossos roteiros a situação do rio Criciúma, passamos a ampliar este diálogo para mostrar a importância e a necessidade urgente de medidas cada vez mais abrangentes no que se refere à questão ambiental em todo o Estado de Santa Catarina.
As cadeias produtivas das mais diferentes áreas, fundamentadas na necessidade de aumentar a produção, fortalecer a economia do país e gerar emprego e renda, encontraram as condições favoráveis para a instalação de grandes companhias que atuam na exploração de minerais, o que também ocorreu durante muito tempo, sem que houvesse uma política devidamente constituída com relação aos impactos que estas grandes indústrias iriam causar ao meio ambiente. Desta maneira, as consequências estão sendo sentidas no resultado desastroso ocasionado pela demora em se estabelecer uma legislação atuante que oportunizasse a regulamentação de uma série de atividades com características extremamente nocivas ao equilíbrio da natureza e dos seus recursos.
Uma série de ações aliadas a um conjunto de leis e normativas passaram a ocorrer com mais ênfase atualmente em face de ser um tema abordado pelo mundo inteiro, uma vez que o desequilíbrio provocado por algumas atividades produtivas está causando catástrofes consideráveis no clima do nosso planeta, na poluição de rios e lagos que impactam na mortandade de peixes e de outras espécies marinhas e no desmatamento desenfreado. Por todo esse conjunto de acontecimentos em larga escala, os países reuniram-se para assinar tratados internacionais de redução destes impactos ambientais, e na busca por uma saída sustentável e que possa integrar as cidades com a natureza sem que sejam produzidas grandes escalas de destruição.
E com base em matérias em jornais, notícias televisivas, fóruns de discussões, medidas adotadas por órgãos de governos nas três esferas e também, na atuação de organizações não governamentais passamos a sugerir uma maior reflexão e um esforço de todos nós enquanto sociedade civil organizada. Uma vigilância determinante que possa auxiliar no combate aos danos que possam ainda ser causados e devemos começar nas coisas mais simples, as que estão mais próximas de nós, algo que esteja ao nosso alcance e que possamos fazer visando contribuir de maneira mais efetiva para que sejam menos frequentes os desastres.
Incluir Santa Catarina nesta reflexão é de vital importância pela situação em que se encontram muitos dos rios, lagos e cachoeiras do estado. É um fator determinante, a criação de ações para o combate ao desequilíbrio visando reduzir os danos já causados, e também, prevenir eventos futuros buscando como resultado, a preservação dos recursos naturais ainda existentes: “a Região Hidrográfica Atlântico Sul ocupa 2,2% do território nacional e abrange parte dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Destaca-se por abrigar um expressivo contingente populacional, pelo desenvolvimento econômico e por sua importância turística. Possui densidade demográfica cerca de 3 vezes maior que a média brasileira.” Fonte – HTTP://sulinfoco.com.br.

Foto do rio mão Luzia (arquivo Engeplus) fotógrafo: Denis Luciano em: 21/11/2017

Foto da Cachoeira do Bianchini – Nova Veneza/SC – fotógrafo: Denis Luciano , 25/04/2018

Imagem do rio Urussanga (SC) – foto divulgação/sulinfoco.com.br.
Dialogando com Clio: mãos à obra!
a) A cidade de Criciúma é parte integrante da chamada região carbonífera e, as empresas que atuam no setor produzem resíduos que são altamente poluentes.
Pesquise quais os efeitos que estes poluentes podem gerar tanto na atmosfera, quanto na saúde da população.
b) O que são as chamadas áreas de proteção ambiental? Procure saber quais as leis de preservação que estão em vigor na cidade de Criciúma e como as empresas devem estar integradas com a legislação para desenvolver as atividades.
c) Quais as medidas que as secretarias de meio ambiente podem tomar quando uma empresa causa um dano ao meio ambiente por suas atividades, ou causam um desastre ambiental de grande proporção?
REFERÊNCIAS:
SIDRA – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA. Censos demográficos com a
população de Criciúma - SC. Disponível em:
http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=200 Acesso em: 17 mai. 2019
PEREIRA, J.C.; MOLINERI, A. Experiências com microbacias em Santa Catarina. Resumo da mesa
redonda. 5º Simpósio Nacional de Controle da Erosão. Anais... Boletim de Campo. Bauru, SP. p.
85-88, 1995.
NASPOLINI, A. F. Criciúma, orgulho de cidade: fragmentos da história de seus 120 anos.
Criciúma: [s.n.], 2000.
https://leismunicipais.com.br/SC/CRICIUMA/ANEXO-lei-ordinaria-7604-2019-004715.pdf ,
acesso em: julho de 2020.
CAROLA, C. R, Dassi. N. Era Uma Vez o Rio Mãe Luzia. 1 ed. Criciúma: Editora Unesc, 2014.
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