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As caixas de embarque: carvão e memória

  • Foto do escritor: Seguindo Clio
    Seguindo Clio
  • 25 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de jul. de 2020

Camila Ghesi Alves


Ao longo da história da cultura carbonífera da região sul de Santa Catarina, são inúmeras as memórias relacionadas a atividade, que durante muitos anos, foi a principal economia das famílias, cujos membros se aventuravam “mina” adentro efetivando a extração do carvão. “O carvão criou uma estrutura ao seu redor, atraindo milhares de trabalhadores provenientes dos vários municípios da região.” (COELHO; ZANELATTO, 2017, p. 19-20). A jornada carvoeira se deu efetivou do século XVIII, mais precisamente no ano de 1884, quando Visconde de Barbacena começou a traçar as primeiras rotas da estrada de ferro.

A exploração do carvão foi impulsionada durante a Segunda Guerra Mundial, período em que muitos trabalhadores migraram para a região. “Foram construídas diversas estruturas ligadas à cultura do carvão, como bocas de mina, ramais de estradas de ferro e lavadores de carvão.” (OSÓRIO; WASCHINEWSKI, 2017, p.33). Durante esse período foram construídas também, as vilas operárias para os/as trabalhadores/as.

Dentre as diversas estruturas construídas para a extração do carvão, algumas se perderam com o tempo, ora pela substituição de novos empreendimentos da era da modernização, ora pela ação do próprio tempo. Apesar disso, algumas dessas edificações guardam a memória dos homens e mulheres que ajudaram a economia catarinense: “são edificações que resistiram – e ainda resistem - a lógica paradigmática imposta pela modernização, na qual necessita de “novo” em detrimento do “velho” (...).” (OSÓRIO; WASCHINEWSKI, 2017, p.33).

É direcionando o olhar para essas estruturas que devemos pensar essa rota: como visto anteriormente, a cultura do carvão foi um dos principais ramos econômicos da nossa região, empregando diversos trabalhadores. Apesar de sua importância, é possível perceber o apagamento desse trabalho, pois muitas estruturas foram destruídas pelas próprias companhias carboníferas como, por exemplo, a Caixa de Embarque do Carvão do Bairro Rio Maina, em Criciúma. Essa destruição transforma em ruínas, memórias de pessoas que ajudaram a construir a economia da região sul.


LOCAL:

CAIXA DE EMBARQUE, BAIRRO RIO MAINA, CRICIÚMA – DESATIVADA

CAIXA DE EMBARQUE, BAIRRO LARANJINHA, CRICIÚMA – TOMBADA


LOCALIZAÇÃO


Bairro Laranjinha, Criciúma - 88818-650













Bairro Rio Maina - Criciúma - 88817-675














FOTOS














Caixa de embarque, Bairro Laranjinha, Criciúma, 2003. Foto por Gilmar Axé.















Caixa de embarque, Bairro Laranjinha, Criciúma, 2017. Foto por Gilmar Axé.















Local da antiga caixa de embarque. Bairro Rio Maina, Criciúma. 2017. Foto por Gilmar Axé.


















Antiga caixa de embarque do carvão, Bairro Rio Maina, Criciúma, 2003. Foto por Gilmar Axé.


Dialogando com Clio: mãos à obra!


Como podemos ajudar na preservação e na continuidade das estruturas que ainda permanecem, como por exemplo, da Caixa de Embarque do Bairro Laranjinha, em Criciúma, que mesmo após o tombamento como patrimônio histórico, vem se degradando pela ação do tempo? De que maneira podemos preservar esse patrimônio histórico?


REFERÊNCIAS


COSTA, Marli de Oliveira; OSÓRIO, Paulo Sérgio (organizadores). Memórias e Identidades: as estruturas carboníferas como patrimônio cultural de Santa Catarina - I ed. - Tubarão, EdiUNESC. 2017. 112p.

 
 
 

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